quarta-feira, 6 de junho de 2007

Crise na USP afeta imagem de Serra, dizem aliados.

  • Crise na USP afeta imagem de Serra, admitem aliados
    Se um objetivo real, mas nunca declarado, era o de atingir a imagem do governador José Serra (PSDB), os manifestantes da USP conseguiram. Até aliados do tucano admitem que a crise da Universidade de São Paulo (USP) respingou nele, embora ressaltem que existam motivações política e eleitoral para desestabilizá-lo. "Se o governo reagisse no fiel cumprimento da lei, seria acusado de truculência, e não agindo assim estaria sendo leniente", afirma o deputado federal Antonio Carlos Pannunzio (PSDB). "É uma questão paulista, da universidade, mas que preocupa a todos. O Serra é hoje um dos dois presidenciáveis de maior destaque no País."
    Com a experiência de dois piquetes na reitoria, mas nenhuma invasão em seu gabinete, o ex-reitor Adolpho José Melfi condena o componente político que vem de fora dos muros da USP e fica evidente nos atos e discursos dos protestantes. Recém-chegado de viagem, ele não conversou com sua sucessora, a reitora Suely Vilela, para saber por que a polícia não foi chamada logo no primeiro momento da invasão. "Agora não é mais fácil sair disso."
    O presidente da Associação de Docentes da USP (Adusp), Cesar Minto, afirma que tanto José Serra, quanto o secretário do Ensino Superior, José Aristodemo Pinotti, foram inábeis ao menosprezar o movimento. "O PSDB trabalha com um conceito de democracia muito restrito, que pára no momento eleitoral. Depois diz que foi eleito para implementar um projeto político sem discussão alguma." Esse projeto, segundo ele, seria forçar a privatização, a terceirização e a publicização (sic) - a concessão de serviços públicos para empresas privadas - do Estado.
    Pannunzio, aliado do governador Serra, que vê a crise como um produto exportado para a universidade, cita PT, PCO e PSOL como os partidos que estariam interessados em prolongar a tensão dentro da universidade. "É uma crise trazida de fora e enxertada para dentro da USP. E os alunos estão sendo usados como massa de manobra." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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